é amor: la vie est belle florale/lancôme #perfumaria ~ o avesso da moda

::::: por mirian barranco herrera :::::

Há alguns posts atrás, falando sobre perfumes, comentei que sou uma pessoa que adora cheirinhos e que é difícil para mim indicar um que eu não tenha gostado, mas também tenho de admitir que são poucos aqueles que me impressionam, que acho marcantes e que vou querer "levar pra vida". Nessa categoria, tenho poucas, mas boas fragrâncias queridas e, entre elas, acabei de incluir a La Vie Est Belle Florale, de Lancôme, que foi recentemente lançada.

Eu já sou fã da La Vie Est Belle e, desta novíssima versão Florale, posso dizer que virei mais fã ainda, pois é um perfume intenso e marcante na medida certa, que traduz muita sofisticação e bom gosto, mas que fica bem longe de ser enjoativo.

O Florale é um eau de toilette que, segundo informações da marca, contém uma flor nova, rara e preciosa: Osmanthus, a flor da sabedoria. Originária da Ásia, de acordo com a tradição oriental, a flor Osmanthus representa o autoconhecimento e defende a liberdade de expressar o ponto de vista pessoal de cada um sobre o mundo e agir de modo alinhado com os próprios desejos.

Bonita definição, né? Eu achei fofa!

Falando mais sobre a fragrância, olha a descrição de Lancôme:

Seu coração é almiscarado floral e oriental, o absoluto de Osmanthus se expressa à plenitude de sua alegria. A quintessência da flor da sabedoria, este Absoluto é ao mesmo tempo deliciosamente delicado, com sua faceta suave e aveludada do damasco frutado, como uma segunda pele, e resolutamente feminino, texturizado e confiante graças aos seus elegantes acordes de couro. La Vie Est Belle Florale combina a flor de Osmanthus com essência de rosa, com pétalas tão frescas que ainda trazem o orvalho, com facetas refrescantes e toques de mel. A composição também é enriquecida com um acorde de folha de violeta – jubilosamente fresca e verde – misturada com o buquê original de flores, composta de mimosa e de um acorde de frésia. Enquanto o corpo esplêndido de Iris Pallida da fragrância é fielmente mantido – tão precioso, distinto, sensual e etéreo como sempre – o seu coração de Patchouli é visto em uma forma delicadamente transformada. Assim, a composição se expressa através de notas mais calmas e tranquilizantes tocadas por um delicioso ritmo almiscarado, âmbar e amadeirado.

Apesar de essa descrição contar com bastante liberdade poética, como a maior parte das descrições de perfumes conta, eu acho que essa foi bem certeira, pois demostra o encantamento, a alegria e a leveza que La Vie Est Belle transmite. Sem dúvida, é uma fragrância deliciosa, que fica no corpo o dia inteiro e que consegue fascinar - tanto o seu olfato quanto o das pessoas ao seu redor - de modo tranquilo e suave, sem agredir.

Também gosto bastante do frasco, que mantém um harmonioso equilíbrio entre uma pegada minimalista e um toque romântico.

Ah, antes de fechar este post, acho que vale a pena dividir com vocês um detalhe que demonstra muita consideração da marca: o cartucho contém uma inscrição em Braille, para atender o público cego. Maravilha, né?