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Se você quer saber as diferenças entre produtos orgânicos, veganos e cruelty- free, a gente divide aqui a explicação do farmacêutico e diretor científico da Consulfarma, Lucas Portilho, que nos informou sobre as características de cada classificação e como podemos escolher o que queremos usar observando os selos de certificação e quais são mais confiáveis.
"Atualmente, as pessoas em busca de uma rotina de skincare eficiente, usam cosméticos em grande quantidade, sem saber sua devida origem e efeito, o que pode ocasionar complicações na pele, além de uma possível frustração após descobrir do que e como são produzidos e aprovados para uso."
A seguir, confira as informações sobre cada classificação:
Orgânico: É aquele que também é conhecido como sustentável, devido ao baixo impacto ambiental, mas difere do cosmético natural, já os orgânicos não contêm ingredientes que sofreram com processos químicos e não são considerados alergênicos. Várias empresas acabam dizendo que um cosmético é orgânico sem ter uma certificação. Para um produto ser certificado como orgânico, 95% do total das matérias-primas têm de ser avaliadas como tal e os outros 5% têm de ser permitidos na substância orgânica, com algum órgão garantindo que ele cumpre, de fato, esses requisitos. No Brasil, um grande número de cosméticos é lançado a todo momento e é natural que vários deles saiam com erros de composição e rotulagens exageradas defendendo a natureza, eco-friendly, mas não sendo de fato.
Vegano: Esse tipo de cosmético pode ser sintético e não é necessário ser completamente vegetal, porém é fundamental que ele não tenha nada derivado de animais e nem sejam testados neles. "O veganismo é uma forma de não prejudicar os animais de forma alguma, por isso alguns ativos como a lanolina, que é a cera de lã, e a cera de abelha não são utilizados", afirma o farmacêutico. Não é obrigatório ter certificação, mas caso a pessoa queira comprovar que os cosméticos são veganos, existem empresas especializadas para isso.
Cruelty-free: Como o nome já diz, é livre de crueldade, ou seja, não são usados animais para fazer testes. “No Brasil, há muitos anos, não se vê cosméticos testados em animais. Atualmente, os testes são feitos em seres humanos, como a irritabilidade primária, acumulada e também o teste de sensibilização cutânea, ou então são utilizados os testes in vitro. Os humanos são voluntários que vão em laboratórios credenciados e lá fazem os patch tests, realizados com um adesivo e acompanhados por um dermatologista, onde a irritabilidade do produto é avaliada e a sensibilidade das pessoas em relação a ele também. Se esse cosmético for testado em 60 pessoas e não apresentar nenhum tipo de reação, o produto é considerado dermatologicamente apto para uso”, esclarece Lucas Portilho.
Efeitos: Pode ser igual para cada tipo, dependendo da composição. Muitos cosméticos veganos e orgânicos possuem a mesma função de cosméticos comuns, mas o que difere muito é o preço de mercado, porque, geralmente, as matérias-primas de produtos orgânicos são mais caras do que em cosméticos convencionais. “Hoje, o número de matérias-primas que não são orgânicas certificadas é muito maior, então, há um leque de opções e uma ferramenta ampla para trabalhar a pele com cosméticos que não são orgânicos e naturais. Mas, em feiras e congressos internacionais, as empresas lançam, cada vez mais, matérias-primas sintéticas em versões vegetalizadas, com a significativa maioria dos ingredientes sendo vegetais e orgânicos certificados”, afirma o diretor da Consulfarma.
Fique atento aos selinhos certificadores: Olhar os selos e avaliar se eles são de fato certificados ou não é algo complicado porque uma empresa pode inventar um selo e o consumidor não sabe diferenciar se o selo é correto ou não. Os mais importantes são o da Cosmos, IBD e Ecocert, pois garantem que um cosmético seja orgânico.
FONTE:
LUCAS PORTILHO
Consultor e pesquisador em Cosmetologia, farmacêutico e diretor científico da Consulfarma e Pesquisador em Fotoproteção na Unicamp. Especialista em formulações dermocosméticas e em filtros solares. Diretor das Pós-Graduações do Instituto de Cosmetologia e Ciências da Pele Educacional, Hi Nutrition Educacional e Departamento de Desenvolvimento de Novas fórmulas. Atuou como Coordenador de Desenvolvimento de produtos na Natura Cosméticos e como gerente de P&D na AdaTina Cosméticos. Possui 17 anos de experiência na área farmacêutica e cosmética. Professor e Coordenador dos cursos de Pós-Graduação com MBA do Instituto de Cosmetologia e Ciências da Pele Educacional. Coordena Estágios Internacionais em Desenvolvimento de Cosméticos na Itália, França, Mônaco e Espanha. Atua em desenvolvimento de formulações para mercado Brasileiro, Europeu e América Latina.
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