12/09/2019

"dermatite do celular" pode causar irritação e vermelhidão na pele das orelhas, bochecha e dedos [dicas do médico]


Nunca tinhamos parado pra pensar que o contato com o celular pudesse acarretar alergias e outros tipos de problemas dermatológicos. Como achamos interessantes as informações a respeito, fornecidas pela Dra. Paola Pomerantzeff, resolvemos compartilhar com você os detalhes que a médica nos passou.

créditos da foto

Se você sofre com algum dos problemas descritos abaixo, é bom consultar um médico, combinado?

Alergias acontecem por meio do contato com o níquel e cromo, dois componentes presentes em quase todo o celular 

Passamos muito tempo de nossas vidas conectados a smartphones, de forma que substituímos o livro físico, a agenda de contatos, a câmera fotográfica e até mesmo a comunicação com as pessoas pelos celulares. Toda essa exposição e uso excessivo dos dispositivos móveis têm aumentado a frequência de alguns problemas de pele, como rugas no pescoço (pela posição de olhar o celular), acne (pelo dispositivo carregar um alto número de bactérias e sujidades), manchas (pelo estímulo da produção de melanina pela luz visível do dispositivo) e, também, as alergias. “O cromo e o níquel são dois componentes presentes nos celulares que estão relacionados com o aumento do número de alergias na pele”, afirma a Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Segundo especialistas, essa reação alérgica já vem sendo chamada de “dermatite do celular”.

Segundo a Associação Britânica de Dermatologistas, a alergia a níquel afeta 30% da população no Reino Unido e figura entre as dermatites de contato mais comuns. “E, pior, o níquel está em quase todo o celular: na bateria de lítio (que traz níquel na composição) até o fio de ligação de cada chip (que é revestido com ele), passando pelo microfone, eletrônica e revestimentos decorativos”, afirma a médica. O contato prolongado com esses componentes é o que pode trazer alergia, com sintomas como irritações e vermelhidão na pele. “As regiões mais acometidas são bochecha, orelha e dedos. Geralmente, os pacientes que usam o celular mais para ligações têm problema na face, enquanto os que o usam mais para mensagens de texto ou aplicativos sofrem com a dermatite nos dedos”, afirma a médica.

Além do níquel, a dermatologista diz que outras substâncias, como a borracha e a pintura do celular, também estão envolvidas no processo alérgico, que pode provocar a irritação da pele. “Com toque contínuo, por horas e por dias seguidos, esses componentes podem causar manchas vermelhas, placas na pele e coceira insistente”, diz.

Para se proteger, a médica diz que é necessário usar case e película no celular para evitar o contato direto com a substância. “Além disso, é recomendável bom senso no uso do celular, pois quanto menor o tempo de exposição, melhor será para sua pele. E, claro, percebendo qualquer alteração, é necessário procurar um dermatologista para a indicação do melhor tratamento”, afirma a médica.

O tratamento pode ser feito por meio de cremes tópicos para alívio da vermelhidão e da coceira. “Em casos mais graves, o médico pode avaliar e prescrever medicamentos orais para combater a inflamação ou aliviar a coceira, que pode ser intensa”, finaliza a dermatologista.

FONTE
DRA. PAOLA POMERANTZEFF
Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais. http://www.drapaola.me/

Um comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...